onde jogar fortune tiger Nintendo indica transição segura e continuidade com lançamento de Switch 2

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Depois de oito anos após o lançamento do segundo console mais vendido da história da Nintendo， o Switch 2 terá seus detalhes anunciados em uma Direct nesta quarta-feira (2). O sucessor do Switch， com tela maior， novo botão e melhorias técnicas， visa manter o sucesso da dona do Mario no mercado de hardware.

A própria empresa， porém， mostrou aos jogadores e desenvolvedores que o lançamento de uma nova plataforma não significará o fim do Switch original. Em outra Nintendo Direct， transmitida na última quinta-feira (27)， foram anunciados jogos de peso para a reta final do videogame， como os exclusivos Metroid Prime 4 e Pokémon Legends Z-A.

A japonesa decidiu apostar na continuidade em vez de tentar mudar a interação com o produto. Deixa de lado a ousadia para priorizar a manutenção da base de jogadores e uma transição suave e gradual， sem abandonar uma quantidade enorme de usuários que podem demorar a fazer o upgrade.

Essa decisão tem como base os aprendizados que a fabricante obteve com o Wii e Wii U. O primeiro foi um sucesso de vendas revolucionando o mercado com um novo controle de movimento， e apelando às famílias， ao jogo em casa， ao multiplayer local e a potenciais novos gamers que surgiriam， especialmente crianças.

Já o segundo buscava apelar aos jogadores mais tradicionais， com controles mais tradicionais， enquanto mais uma vez quebrava paradigmas com um tablet como tela complementar， o que daria mais opções aos jogos ou a simples liberdade em relação à TV.

Fato é que a família que comprou o Wii não viu a mudança como tão importante a ponto de gastar por ela， e os jogadores mais maduros acharam a tela complementar pouco útil. O Wii U tentou agradar a todos e， ao final， não agradou ninguém， vendendo apenas 13，6 milhões de unidades， ante 101，6 de seu antecessor.

Diante da fórmula acertada do Switch —apostar em uma solução híbrida， sem o compromisso dos cabos， mas sem as limitações do portátil—， era ilógico que a Nintendo optasse por arriscar reputação， faturamento e alcance diante de suas novas apostas no mercado do entretenimento， inclusive no cinema e em parques de diversão.

Está em jogo mais do que apenas as vendas do novo aparelho: um exemplo é o novo filme de The Legend of Zelda， programado para 2027， que certamente terá mais espaço para triunfar se as vendas de jogos da franquia， exclusiva da empresa japonesa， sigam em alta.

Outro ponto que vale mencionar aqui é a resiliência do Switch original e as dificuldades econômicas daqui para frente que podem ameaçar o desempenho do novo console. Mesmo com um 2024 mais lento em lançamentos e no sétimo ano de vida， o híbrido desempenhou bem e chegou às 150 milhões de unidades nas casas de jogadores pelo mundo.

Não matá-lo pode manter esse fôlego em fim de vida útil e servir como solução diante de possíveis problemas com tarifas nos Estados Unidos sob Donald Trump， por exemplo， o que deve encarecer o produto em um dos mercados mais importantes para os jogos por seu tamanho.

Também deixa viva a possibilidade do Switch original ultrapassar as 154 milhões de vendas do Nintendo DS e tornar-se o maior sucesso da japonesa na história， além do sonho de bater o lendário PlayStation 2， com suas 160 milhões de unidades comercializadas.

Para os jogadores， é uma sinalização， muito positiva， de que é possível fazer a transição sem alarde: o upgrade para o Switch 2 estará disponível com seus novos jogos e melhorias， mas quem comprou o console original não será abandonado. Ainda， todos os jogos comprados terão compatibilidade， afastando a necessidade de construir biblioteca do zero.

Claro que， fora dos holofotes， o híbrido deve ser despriorizado e sofrer， inclusive， com a desativação de serviços， como ocorreu com seus antecessores. Mas， por enquanto， isso é história para o futuro.

Ao que parece， não teremos um caso de "rei mortoonde jogar fortune tiger， rei posto".

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